Recentemente, a fotógrafa americana Maureen Drennan publicou um ensaio sobre a luta do marido contra a depressão. As imagens são tocantes e refletem não só a transformação física de Paul, mas também a luta da própria Maureen em entender e conviver com a doença do marido. O lado tocando e corajoso do ensaio fez as fotos viralizarem pela internet e ajudarem na conscientização do problema.

A depressão é hoje a principal causa mundial de incapacidade profissional (e pessoal), de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Apesar de bastante comum, a doença ainda passa despercebida e até mesmo incompreendida por muita gente. E você, sabe o que é a depressão? Antes de mais nada, é importantíssimo deixar claro que ela não é uma fraqueza de personalidade, muito menos uma “frescura”. Como já foi dito, a depressão é uma doença reconhecida mundialmente e que tem tratamento.

Os sintomas mais comuns são tristeza, perda de interesse ou de prazer em coisas que antes eram muito gratificantes, sentimento de culpa e de baixa autoestima, distúrbios do sono (insônia ou dormir por muitas horas), cansaço e baixa capacidade de concentração. Esses sentimentos perduram por meses e não são passageiros.

Apesar de poder ter sintomas parecidos, não se pode confundir a depressão com as mudanças de humor naturais e com respostas emocionais breves a alguma coisa que aconteceu – como um luto pós separação ou morte, por exemplo. A depressão costuma durar semanas, meses ou anos, e vem acompanhada de um forte sentimento de culpa. A pessoa se sente culpa por tudo, inclusive por se sentir assim. A sensação de inutilidade e a falta de ânimo interferem na rotina, prejudicando a concentração, o rendimento no trabalho e tornando difícil até tarefas simples, como comer e dormir.

Apesar de bastante incapacitante, a depressão tem tratamento. Cada pessoa responde melhor a um tipo de terapia, e essas diferenças devem ser respeitadas. Há quem se recupere apenas com sessões de terapia e suporte familiar e social, e quem precise da ajuda de medicamentos (às vezes, por longos períodos). Algumas pessoas encontram uma ajuda importante em terapias alternativas, como meditação, técnicas de relaxamento e acupuntura. Normalmente, isso vem acompanhado de mudanças no estilo de vida. A terapia feita com psicólogos ou psiquiatras é muito importante, pois ajuda na reestruturação do indivíduo, aumenta a compreensão da doença e na resolução de conflitos.

Além dos sintomas psicológicos, a depressão também traz problemas e alterações no organismo e pode até causar muita dor no corpo. Confira alguns sintomas físicos da doença:

Problemas digestivos – na depressão há redução na produção de alguns neurotransmissores que estão envolvidos na dor. Algumas pessoas podem desenvolver a síndrome do intestino irritável, por exemplo, que causa dores abdominais, flatulência e mudanças da rotina intestinal.

Dor de cabeça – as dores podem acontecer por um processo conhecido como somatização.

Tensão na nuca e nos ombros – o estado de alerta da pessoa doente se reflete em tensão na musculatura.

Cansaço – a queda na produção de serotonina, noradrenalina e dopamina causa sensações de cansaço e fraqueza.

Mudança de peso – a doença causa alterações no apetite, ocorrendo a falta ou o excesso dele.

Dores no corpo – pode acontecer dores generalizadas e persistentes no corpo, principalmente nas costas e no peito. Isso pode acontecer pela postura inadequada desses pacientes e também pelo sedentarismo.

Imunidade – a produção inadequada de hormônios, associado a um comportamento não saudável (alimentação e sedentarismo) pode interferir na imunidade.

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