Impossível não cair das pernas quando a gente acorda e encontra o travesseiro forrado de fios de cabelo. Seria apenas uma queda temporária ou estaríamos ficando carecas? Mas espera lá: a calvície feminina realmente existe? A resposta é sim! Você dificilmente cruzou com uma mulher calva na rua, porque é muito raro chegamos a ficar careca. O que costuma acontecer é uma grande diminuição na quantidade e na espessura dos fios, dando a impressão de um cabelo bem ralinho.

Antes de correr para o médico, é importante saber que é normal perder de 100 a 120 fios todos os dias. Mulheres com cabelos compridos têm uma impressão que a queda é maior, porque o emaranhado fica mais abundante. É claro que ninguém vai sair por aí contando os cabelos que caem no banho, na cama e durante o dia.

Uma das maneiras mais comuns de perceber que algo está errado é reparar nas marcas visíveis do couro cabeludo quando usamos tiara ou rabo de cavalo, por exemplo. Outro jeito é notar se o volume na presilha está muito menor do que o de costume ou se os fios estão cada vez mais fininhos e fracos.

Geralmente, mulheres com tendência genética à calvície começam a perder os fios após a puberdade, época em que tem início a produção dos hormônios sexuais. Essa evolução é bem lenta e o resultado mais comum é a rarefação difusa do cabelo, que ficam finos e com tamanhos menores – ou seja, ela dificilmente terá madeixas longas de novo.

Essa dependência hormonal ocorre por uma sensibilidade maior à testosterona, que enfraquece o folículo piloso (local onde nascem os fios de cabelo). Com isso, esse folículo vai diminuindo de tamanho e passa a produzir fios cada vez mais finos e curtos.

A calvície total só ocorre quando há alguma alteração hormonal, como a síndrome do ovário policístico e o hirsutismo (desequilíbrio hormonal que leva ao crescimento exagerado de pelos). Em alguns casos, o problema só se manifesta após a menopausa, o que também está relacionado à mudança hormonal.

Chapinha em excesso, alisamentos à base de formol e uso de químicas são procedimentos agressivos. Eles não causam calvície, mas podem levar à uma queda mais intensa dos fios, principalmente em mulheres mais sensíveis. Isso também pode acontecer quando a alimentação está desbalanceada. Nutrientes como ferro e proteína são fundamentais para a formação do cabelo – e não podem faltar na dieta.

O tratamento para calvície tem duas frentes. Uma delas busca controlar a ação hormonal sobre os folículos. Isso é possível com o uso de medicamentos antiandróginos, de uso oral ou sob a forma de loções aplicadas no couro cabeludo. A finasterida, remédio bem comum para a calvície masculina, não é indicada para mulheres em idade fértil, já que pode trazer riscos à gravidez.

Outro mecanismo é estimular o crescimento dos fios. Para isso, é comum fazer uso de suplementos vitamínicos e de produtos de uso tópico. Alguns médicos optam ainda por recursos modernos de tecnologia, como a eletroestimulação do couro cabeludo com microcorrentes.

Em casos mais agressivos, a mulher pode optar pelo microtransplante capilar. A técnica consiste em retirar bulbos da região da nuca, que são tratados e, depois, reimplantados um a um na região calva. Mas lembre-se, com queda ou sem queda, o importante é sempre cada um se sentir bem consigo mesmo. Então, se está incomodada com alguma coisa, não deixe de procurar um médico!

 

Bibliografia: http://estilo.uol.com.br/beleza/noticias/redacao/2015/01/22/calvicie-feminina-conheca-os-primeiros-sinais-e-os-tratamentos-disponiveis.htm

http://saude.ig.com.br/minhasaude/2014-03-09/calvicie-feminina-confira-11-mitos-e-verdades-sobre-a-queda-de-cabelos.html

http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/como-tratar-a-calvice-feminina/568/

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