“Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo, e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.” (Caio Fernando Abreu)

Não é segredo nenhum que as pessoas ainda tem uma mentalidade e posição dualistas: ou seja, realmente acreditam que corpo e mente são duas coisas que não estão interligadas.

Fato é que de acordo com uma pesquisa recente, aqueles que estão mais propensos a pensar no corpo e na mente como um conjunto (resumindo, que estão conscientes de que cuidar da saúde do organismo se reflete diretamente na saúde mental), normalmente se preocupam mais em praticar exercícios físicos, prestam mais atenção à boa saúde (não se esquivando de fazer exames rotineiros nos seus médicos, por exemplo) e afirmam saber que uma boa alimentação é necessária e benéfica.

O estudo, publicado no Psychological Science, também afirma que pessoas mais “dualísticas” também não fazem muita questão de mudar de forma alguma seus hábitos. Os resultados vieram de cinco estudos relacionados, por Matthias Forstmann, da Universidade de Colônia, Alemanha.

Normalmente, quando sentimos uma dor, a última coisa que pensamos é que ela é um aviso de nosso corpo nos alertando que em algum setor de nossa vida existe alguma coisa errada.

A manifestação desses desequilíbrios é a somatização no corpo físico em formas de dores e outros desajustes orgânicos. Por isso é muito importante aprendermos a conhecer bem nosso corpo, estando atentos às alterações que ele apresenta, pois ele nos diz exatamente onde estamos falhando e em que precisamos mudar. O corpo fala, e nunca mente.

Resumindo muito bem – e de maneira biológica – o que acontece dentro da gente, fica o depoimento do Dr. Luiz Miller de Paiva:

“Muitos se perguntam como a mente é capaz de produzir doenças em outros órgãos. Simples. Basta recordar que o cérebro comanda todo o organismo por mensageiros químicos. O mesmo princípio explica como ele pode produzir alterações danosas nos demais tecidos do corpo. Mas, se a somatização muitas vezes é um mal menor, em alguns casos poderá estar na raiz de problemas sérios do caráter da pessoa”.

Depois de comprovado cientificamente e com os dados acima, fica a reflexão de que beleza é um conceito que vai muito além da estética, refletindo também seu estado mental e psicológico, seu bem-estar interno e como você lida e aprecia sua vida.

Ser bonita é questão de se sentir bem.

E por último, uma pergunta: o que você tem feito por você pra se sentir bonita por dentro e por fora? Lembre-se sempre, o corpo reflete a mente.

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